quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Matéria para 2°A, 2°B e 2°C - Relatório 2 "O trabalho nas sociedades antigas"

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O TRABALHO NAS SOCIEDADES TRIBAIS
A idéia de trabalho, como uma coisa separada das outras atividades, é algo que não existe nessas sociedades, isto porque as atividades vinculadas à produção nas sociedades tribais estão associadas aos ritos e mitos, ao sistema de parentesco, às festas, às artes, enfim a toda a vida social, econômica, política e religiosa. O trabalho separado das outras coisas não tem sentido, não tem valor em si.
As sociedades tribais com as mais diferentes estruturas sociais, políticas e econômicas possuíam uma organização do trabalho em geral baseado na divisão por sexo, em que os homens e mulheres executavam atividades diferentes. Os seus equipamentos e instrumentos são muitos simples e rudimentares, ainda que muito eficazes, classificando-os como sociedades de economia de subsistência e de técnica rudimentar.
Essas sociedades não só tinham todas as suas necessidades matérias e sociais plenamente satisfeitas, como também dispunham de mínimo de horas diárias vinculadas à atividade de produção, sendo classificadas como "sociedades do lazer", ou as primeiras "sociedades de abundância". O fato de se dedicar menos tempo às tarefas vinculadas à produção não significa que se tenha uma vida de privações. Ao contrario, essas sociedades viviam muito bem alimentadas. É importante ressaltar que isso foi antes do contato com o "mundo civilizado".
A explicação para o fato de trabalharem muito menos que nós, está no modo como se relacionam com a natureza. Não são os homens que produzem ou caçam, pois eles simplesmente recebem aquilo que precisam da mãe "natureza". Por outro lado, há um profundo conhecimento do meio que vivem o que faz com que conheçam as plantas, os animais, a forma como crescem, reproduzem.
Não se tem a idéia de que se deve produzir mais para poupar ou acumular riquezas. A sua riqueza está na vida e na forma como passam os dias.
O aspecto mais importante das comunidades tribais é o sentido de unidade existente no cotidiano dessas sociedades.


O TRABALHO NA SOCIEDADE FEUDAL
O fim do Império Romano do Ocidente fez com que todo aquele imenso território, antes mantido unido por Roma e seus exércitos, se fragmentassem a tal ponto que surgissem muitas formas de organização social e política, dependendo das condições de cada região naquele momento. Mas, apesar desse fracionamento e de toda a diversidade de estruturação do sistema feudal, podem-se definir algumas características predominantes nesse sistema:
A terra é o principal meio de produção, e as principais relações sociais desenvolvem-se em torno dela, uma vez que se tem uma economia fundamentalmente agrícola. Mas a terra não pertence aos produtores diretos, pertencem aos senhores feudais, devidamente hierarquizados.
Os trabalhadores têm direito ao usufruto e à ocupação das terras, mas nunca à propriedade delas. Os senhores através de laços feudais, tem direito de arrecadar tributos sobre os produtos ou sobre a própria terra.
Uma rede de vínculos pessoais de direitos e deveres e de honra entre os senhores, e entre estes e os servos, em que uns trabalham em regime de servidão, no qual não se goza de plena liberdade, mas, também, não se é escravo. O que há é um sistema de deveres para com o senhor e deste para com os seus servos.
A sociedade feudal é uma organização social que se estrutura em estamentos, e estes tem uma relação entre si muito diversa e complexa.
Os servos além de trabalharem em suas terras, eram também obrigados a trabalhar nas terras do senhor, bem como na construção e manutenção de estradas e pontes. Essas obrigações se chamavam corvéia. Havia uma serie de outras obrigações que os servos tinham para com os senhores, como um imposto que se pagava por pessoa e atingia unicamente os servos. O censo era outro imposto, mas esse era pago somente pelos homens livres. A tacha era uma taxa que se pagava sobre tudo o que se produzia na terra e atingia todas as categorias dependentes. As banalidades consistiam em outra obrigação devida ao senhor, e eram pagas pelos servos e camponeses pelo uso do moinho, do forno, dos tonéis de cerveja e pelo fato de, simplesmente, residirem na aldeia.
Os senhores feudais e o clero viviam do trabalho dos outros. Algo parecido com a sociedade greco-romana, ainda que em outras condições históricas.
As associações dos trabalhadores de diferentes ofícios são traços marcantes da sociedade feudal. Havia uma regulamentação que estabelecia o conceito de oficio, criava os mecanismos de controle da profissão e ainda determinava um grupo de conselheiros encarregados de fazer observar os estatutos da associação. Essas associações se tornaram conhecidas como corporações de ofícios. No topo da escala da corporação encontrava-se o mestre, que controlava o trabalho de todos os que faziam parte de uma determinada corporação, encarregando-se de pagar os direitos ao rei ou ao senhor feudal e de fazer respeitar todos os compromissos com a corporação. Abaixo dele vinha o oficial, que ocupava uma posição entre o mestre e o aprendiz. O aprendiz, que ficava na base dessa hierarquia, devia ter entre 12 e 15 anos e pertencer a um só mestre.

Segundo a concepção feudal, com base na Igreja Cristã, o trabalho era uma verdadeira maldição e deveria existir somente na quantidade necessária à sobrevivência, não tendo nenhum valor em si mesmo.

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